O Brasil é o quarto país no ranking de maiores consumidores de produtos de beleza e higiene do mundo. Esse é repleto de possibilidades e para se destacar é preciso conhecer todos os tipos e estar de acordo com as demandas do público.
Uma das maiores tendências atuais é a busca por produtos naturais. Assim, o desenvolvimento de cosméticos que possuem em suas formulações componentes naturais, que são biodegradáveis e que contam com uma linha de produção sustentável e valorizam a mão de obra local são um dos maiores desejos do mercado consumidor.
No Brasil, não há ainda uma legislação específica para definição do que pode ser considerado um cosmético natural. Entretanto, o conceito geral é de que cosméticos naturais são aqueles não possuem em sua formulação ingredientes considerados como nocivos para o homem ou para o meio ambiente.
Entretanto, sua produção possui diversos desafios. Sendo assim, trouxemos algumas informações essenciais para ajudar aqueles que pretendem adentrar nesse ramo.
Certificação
As principais certificadoras adotadas pelas marcas brasileiras são o IBD e o Ecocert. Entre eles existem diferenças em relação às exigências.
Em linhas gerais, para ser considerado natural 95% dos excipientes utilizados na formulação devam ser naturais ou de origem natural. Elementos como derivados de petróleo e corantes sintéticos não podem entrar em sua composição.
Além disso, também são listados os materiais de embalagem permitidos e normas referentes ao processo de fabricação, garantindo não apenas a pureza e qualidade dos ingredientes, como boas condições de trabalho.
Princípio Ativo
A escolha do princípio ativo tende a ser um dos primeiros passos no desenvolvimento de cosméticos, pois essa é a substância responsável por gerar o resultado desejado do cosmético. O diferencial dos cosméticos naturais é o uso de princípios ativos que não sejam sintéticos.
A busca por diferentes princípios ativos, e por de diferentes aplicações dos que já estão disponíveis no mercado, é algo interessante para se destacar nesse mercado em constante crescimento. Para isso, pesquisas bibliográficas e consultorias sobre novas formulações e/ou sobre a mudança de componentes com o intuito de otimizar composições já conhecidas são essenciais.
Testes laboratoriais também são imprescindíveis para indicar os efeitos dos produtos de diferentes composições e qual se adequa à necessidade do consumidor.
Formulação
Os componentes dos cosméticos usuais estão lá por uma razão um motivo. Quando estes são retirados da formulação, existe a chance de que a consistência do cosmético seja alterada e/ou que ele se torne instável.
Sendo assim, é imprescindível que o produtor conheça a fundo os ingredientes que vai usar e como eles interagem, buscando algo que seja eficaz em substituir os elementos sintéticos. Assim como citado acima, a revisão bibliográfica, contendo os principais excipientes naturais que podem servir de substitutos, também é de grande ajuda.
Conservação
A maior parte dos produtos orgânicos é bastante suscetível a proliferação de fungos e bactérias. Em países quentes e úmidos, como o Brasil, a probabilidade de ataques aumenta. Na indústria de cosméticos tradicionais, são utilizados parabenos como conservantes devido sua ação bactericida e antimicrobiana, o que evita a proliferação de microrganismos indesejáveis e aumenta o tempo de prateleira.
Entretanto, para a fabricação de cosméticos naturais, deve-se buscar alternativas. Para evitar isso, existem substâncias como o sal, mel e a curcumina, que podem atuar como conservantes.
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